pelas
paredes
deste
escritório de inutilidades
escalam
palavras,
sussurros
tresloucados.
e, então, do
teto
precipitam-se
suadas
em
desespero,
que é vontade
de ver.
sem o que
dizer, na queda dizem:
quem nos
salvará do suicídio?
antes que
caiam num baque surdo ao chão, porém,
tentação de
servir a quem as salvou,
uma pena,
talvez ponta de areia,
vidro ou
espelho,
mantém-nas suspensas,
constrói limbo
de linotipos,
deixando-as livres,
à revelia.
enquanto
isso,
traças
digerem
tranquilamente
as páginas
de um velho livro.
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